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10 mentiras sobre carros que você já ouviu por aí
Mitos e lendas se propagam por séculos e o meio automotivo não está livre das mentiras sobre carros.

Fake news se popularizou e alcançou níveis alarmantes com os canais digitais e redes sociais, mas elas existem há tempos. Mitos e lendas se propagam por séculos e o meio automotivo não está livre das mentiras sobre carros.
Tem desde práticas na direção até folclores sobre manutenção. Nesse primeiro de abril, confira as 10 mentiras sobre carros que você já recebeu – ou vai receber – da sua tia do whatsapp.
1. Aditivo no óleo
Os lubrificantes já são projetados e elaborados por anos antes de serem lançados. Neste desenvolvimento, as engenharias dos produtores de óleo – e também das montadoras – determinam um pacote de aditivos e dispersantes específico para aquele produto e para aquele motor – e isso vale para os óleos minerais, semi-sintéticos e sintéticos.
Ou seja, colocar aditivo no óleo, além de ser uma das mais famosas mentiras sobre carros, é também jogar dinheiro fora. E pior: o produto pode não ser o que segue as especificações do óleo, causar uma reação química prejudicial ao motor e comprometer seu funcionamento e consumo.
2. Troca de amortecedor
Você já deve ter ouvido ou lido que o conjunto do amortecedor deve ser trocado a cada 40 mil km. Nem os arqueólogos descobriram quando e onde nasceu essa informação. O fato é que amortecedor não tem um número certo de quilômetros de durabilidade.
A vida útil do amortecedor e de outras peças da suspensão depende muito do tipo de uso. Quem trafega majoritariamente por estrada de terra, roda muito pela cidade e seu asfalto maltratado ou adora mirar nos buracos, tende a ter de trocar o componente em intervalos mais curtos.
Mas também o amortecedor pode durar mais que o dobro dessa quilometragem mágica propagada nas redes sociais. O próprio motorista pode saber quando o amortecedor dá sinais de que vai dar problema.
3. Motores três-cilindros e turbo não prestam
Tem sempre algum cavaleiro do Apocalipse que detona os novos conjuntos mecânicos oriundos da era do downsizing. Os alarmistas de plantão dizem que os novos motores turbo, em especial os de três cilindros, são verdadeiras “bombas”.
Pelo contrário: tais motores foram projetados por anos por engenheiros em busca de redução de atrito, de peso e de consumo. São modernos e mais avançados que muito quatro-cilindros e aspirado que bota banca de robusto.
O que acontece é que muita gente acha que, por naturalmente vibrar mais, os três canecos são menos resistentes. E ainda tem o pessoal que confunde turbo de fábrica com turbo feito para envenenar o carro.
Além disso, tem a turma que, passada a garantia, passa a fazer a manutenção do turbo tricilíndrico em oficina sem equipamentos e qualificação necessários. Isso quando não coloca o lubrificante mais barato em vez de seguir as recomendações da montadora. Aí, nem motor AP resiste.
4. Acelerar antes de parar ou de partir
A turma do carburador – na qual se insere este que vos escreve – sempre dava aquela acelerada antes de desligar o motor. Na hora de virar a chave, a mesma coisa: propulsor pegava e taca-lhe pau no pedal da direita antes de engatar a marcha e sair com o automóvel.
A lenda é mais curiosa do que Boitatá e Cabra-Cabriola, e isso em uma época sem a tia do whatsapp!!! Essa acelerada ajudaria a lubrificar o conjunto mecânico mais rapidamente e ainda diziam que o motor ficaria mais fácil de pegar em outras ocasiões.
Então, um alerta em tempos de gasolina a mais de R$ 7, o litro. Acelerar antes de desligar o motor ou antes de sair com o carro só vai fazer você gastar gotas preciosas de combustível. Ao pisar forte antes de parar, o sistema vai despejar uma gasolina que não será queimada – e que ainda vai contaminar boa parte do óleo.
Já acelerar forte depois de ligar pode ser pior do que o que a lenda dizia. Em vez de lubrificar mais rápido, vai é gerar atrito nos componentes metálicos, porque não se deu um tempo mínimo para o lubrificante atingir todas as partes do motor.
5. Que chip é esse?
Os dispositivos que prometem economizar combustível, além de serem pura picaretagem, são uma das maiores mentiras sobre carros de todos os tempos. Tem chip e apliques de tudo quanto é jeito: desde uns que se colocam no tubo de alimentação e na bobina, até pino metálico que se joga dentro do tanque e plugue que é encaixado… no acendedor de cigarros!!!!!
Nenhum desses chips ou equipamentos tem testes, laudos, homologações ou validações que garantam o que prometem. São placebos que prometem soluções milagrosas para economizar combustível e que são deslavadas mentiras sobre carros. E ainda custam dinheiro. Tem solução dessas vendida por mais de R$ 500…
6. Revezar combustível em motor flex
Uma das mentiras sobre carros que nasceu lá nos anos 2000, com o advento dos motores flex. Até hoje tem mecânico e “especialista” de plantão que diz que é necessário abastecer um tanque de álcool a cada três de gasosa nos modelos mais modernos.
A lenda nasceu por causa da quantidade de água na composição do etanol. Ou seja, ficar só no álcool deixaria o sistema “viciado” e rendendo menos. Então, a gasolina alternada tornaria a “queima melhor”.
Só que os engenheiros frisam a todo o instante que os motores flex são projetados para reconhecerem qualquer dos dois combustíveis e em qualquer proporção. Inclusive, foram eles que projetaram uma tal de sonda lambda no escapamento para reconhecer, em frações de segundos, a mistura para que a central eletrônica ajuste o motor muito antes de você terminar de ler esta frase.
7. Carro francês têm manutenção muito mais cara
Isso surgiu nos anos 1990 e 2000, quando as concessionárias cobravam o que bem entendiam e ainda deixaram uma má reputação para as marcas francesas com serviços ruins. Isso mudou e, na revisão com preço fechado, modelos de fabricantes como Peugeot e Citroën não cobram tão mais assim.
Veja o exemplo abaixo da soma de seis revisões até 60 mil km entre alguns SUVs compactos. Peugeot 2008 e Citroën C4 Cactus cobram R$ 500 a mais na soma que VW Nivus e Fiat Pulse, e são bem mais baratos que o falecido Honda HR-V,
Lembrando que ,no caso do Nivus, as três primeiras revisões são “grátis”. Ainda bem, porque é necessário incluir os itens adicionais que não são contemplados na programação da montadora, como filtros e fluido de freio.
8. Carro japonês não dá problema
Qualquer máquina está passível de problema, até o seu iPhone de última geração. Obviamente que as marcas japonesas têm uma reputação mecânica maior e costumam dar menos dor de cabeça, graças principalmente ao investimento destas empresas em engenharia e pós-venda. Mas isso não significa que os os carros da Honda e da Toyota são inquebráveis.
Os modelos Fit e City (de geração anterior), que saíram de linha recentemente, tiveram em seu histórico problemas crônicos no motor de arranque, além de muitos casos de travamento e até quebra da caixa CVT. Até mesmo o novo Corolla, queridinho do mercado, apresenta ocorrências recorrentes em relação à coluna de direção e a rolamentos.
9. Litros no porta-malas
Na ficha técnica está lá: o porta-malas tem “tantos litros” de capacidade. Só que nem todos os fabricantes seguem o padrão chamado VDA para aferir o volume do compartimento para bagagens.
Nesta metodologia, o espaço é preenchido com blocos padronizados de isopor ou de madeira. Depois do máximo de peças colocadas, pega-se a quantidade dos blocos e se tem, então, o volume do espaço em litros. Nestes casos, a capacidade vem acompanhada da sigla VDA na ficha técnica oficial.
Só que outras montadoras usam outra técnica, mais “favorável”. Enche-se o porta-malas com sacos de água, que são mais maleáveis e ocupam todos os cantos do bagageiro. A Fiat fez isso recentemente com o SUV Pulse.
Além disso, outra pegadinha no volume do porta-malas diz respeito a hatches, SUVs, monovolumes e station-wagons. Muitos trazem a aferição da capacidade prevendo bagagens até o teto. Só que o Código de Trânsito Brasileiro é confuso sobre se pode ou não a bagagem ultrapassar a altura do banco de trás.
10. Revisão de férias
A revisão não deve ser feita só quando se vai pegar a estrada. Todos os carros têm um plano de manutenção, geralmente a cada 10 mil km ou um ano, que deve ser respeitado. Mesmo que seu automóvel já tenha passado a garantia, é possível conferir no livrinho o que precisa ser trocado e checado no veículo.
Respeito os prazos e as indicações do fabricante. Desta forma, seu carro estará sempre pronto para as férias.
Fonte
Auto Papo