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2020: Encerramento da Década de Ação pela Segurança no Trânsito
Por Redação Portal
Neste ano de 2020, chega ao fim a Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020
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Neste ano de 2020, chega ao fim a Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas e publicada em maio de 2011. Com esta campanha, governos de todo o mundo se comprometeram a tomar medidas para prevenir os acidentes no trânsito e reduzi-los em até 50% nesses últimos dez anos.
Os acidentes de trânsito são a nona causa de mortes no mundo, responsáveis por 1,25 milhões de óbitos e por deixar um número de feridos que varia entre 20 e 50 milhões por ano. A Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS) coordena os esforços globais ao longo da Década e monitora os progressos em níveis nacional e internacional, além de dar apoio a iniciativas relacionadas (como redução do consumo de bebidas alcoólicas por motoristas, aumento do uso de capacetes e cintos de segurança, entre outras ações).
Projeto Vida no Trânsito
Dentro da campanha, é importante citar que o Brasil foi um dos países a receber o Projeto Vida no Trânsito (PVT), voltado à redução das mortes e lesões causadas no trânsito em 10 países, com o financiamento da Fundação Bloomberg e coordenação global da Organização Mundial de Saúde (OMS) e suas agências regionais – a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), nas Américas.
O PVT é desenvolvido em diversas cidades brasileiras e além do suporte da OPAS/OMS tem aporte técnico e financeiro do Governo Federal. Celso Mariano avalia que mesmo com o apoio internacional o Projeto precisava de uma adesão mais afetiva.
“Considero que a OPAS, como sendo a presença da OMS no Brasil, cumpre bem o seu papel. Quem poderia fazer muito mais são os administradores públicos. A baixíssima adesão ao PVT mostra o quão pouco preocupados estamos com esse enorme problema que é a violência do trânsito. Mesmo Curitiba, hoje exemplo positivo nesta história, não fez nada de efetivo no primeiro ano da Década de Ação. Um precioso tempo perdido. O Vida no Trânsito curitibano começou a acontecer a partir de 2012”, afirma.
Mariano lembra também do número reduzido de cidades que adotaram o projeto. “Considerando que partimos de cinco capitais e que conseguimos ampliar para 50 cidades – 12 delas no Paraná – e que estamos apenas com seis cidades brasileiras prestes a encerrar a Década com a meta cumprida, até que não estamos tão mal. Mas o compromisso assumido com a OMS era para o Brasil como um todo, não apenas para meia dúzia de cidades privilegiadas”. Ou seja, 2020 vai chegar ao fim provavelmente sem que o país cumpra a meta estabelecida. E isto não é um problema unicamente brasileiro. “Nenhum dos 10 países participantes do PVT vai alcançar a meta da OMS, o que demonstra uma faceta universal da segurança do trânsito difícil de domar”, pondera Celso Mariano, que informou que a própria OMS ajustou os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) para estender por mais 10 anos (até 2030) a busca pela meta de reduzir em 50% a violência do trânsito.
“É preciso muita energia para conter, reverter a tendência e manter o rumo. Em países como o nosso, a cultura não ajuda – não temos espírito de prevenção – e o constante crescimento da população e da frota de veículos estão ampliando as oportunidades de conflitos no trânsito. Somente um consistente e duradouro programa de educação, que não seja atrapalhado por legislações instáveis e vontades políticas se sobrepondo aos aspectos técnicos, pode nos transformar em um país de trânsito seguro”, conclui.
Fonte
Portal do Trânsito
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