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Não usar cinto de segurança já rendeu R$ 8,8 milhões em multas
Por Redação Portal
Outras 5.266 infrações foram aplicadas por passageiros que não usavam o equipamento.
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O Detran.SP aplicou cerca de 40.000 multas em motoristas que dirigiam sem o cinto de segurança, entre janeiro e março deste ano. Outras 5.266 infrações foram aplicadas por passageiros que não usavam o equipamento. Essa infração, considerada grave, gera 5 pontos na CNH e custa R$ 195,23.
Se somarmos todas as multas desta natureza a arrecadação foi de R$ 8,8 milhões só nos três primeiros meses de 2022.
Infração por dirigir sem cinto de segurança ocupa o quarto lugar no ranking do Detran.SP das multas mais cometidas no estado. Ela é superada apenas pelas infrações por não transferir o veículo, por uso indevido de celular ao volante e por dirigir um veículo sem licenciamento.
Todos os passageiros do veículo são obrigados a usar o cinto de segurança, inclusive quem está no banco traseiro – o acidente com Rodrigo Mussi, ex-BBB, escancarou a importância dessa obrigatoriedade.
Segundo o Detran.SP, de 2019 para 2021, houve um aumento de 53,8% em relação as multas por falta do uso cinto no Estado de São Paulo. Foram 89.927 mil autuações em 2019 e 138.364 mil em 2021. Se o restante do ano continuar com essa mesma média de mais de 45 mil infrações por trimestre, o ano pode terminar com mais de 180 mil multas por não usar o cinto de segurança.
“O cinto de segurança, além de obrigatório, é fundamental tanto para o motorista quanto para o passageiro, inclusive para os que sentam no banco traseiro. Em caso de acidente, o equipamento evita lesões graves em até 80% das vezes. É um dispositivo de segurança que salva vidas”, destaca o diretor-presidente do Detran.SP, Neto Mascellani.
Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) revelou que a possibilidade de evitar óbitos utilizando o cinto de segurança é de até 45% para os ocupantes do banco dianteiro e chega a 75% para as pessoas que estavam no banco traseiro.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada no ano passado, apenas 54,6% de pessoas maiores de 18 anos utilizam o cinto no banco de trás e 79,4% nos assentos da frente.
“No Brasil, o cidadão usa o equipamento de segurança no banco dianteiro, mas relaxa o cuidado quando acomodado no banco traseiro dos veículos. O cinto salva vidas e pode reduzir, significativamente, o risco de morte”, diz Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet.
Para onde vai o dinheiro das multas que você paga?
O destino do montante é determinado pelo Código de Trânsito, no artigo 320. Cinco por cento do valor arrecadado deve ser depositado mensalmente no Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (FUNSET), órgão sob a responsabilidade do Denatran.
O restante fica sob a responsabilidade de Sistema Nacional de Trânsito, que deve aplicar o dinheiro, de acordo com o CTB: “exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito”.
Semáforos consertados? Placas novas? O dinheiro para essa manutenção vem das multas, que cobre as despesas de sinalização. Treinamento e equipamento para as Polícias responsáveis pela fiscalização no trânsito também vem daí, assim como os recursos que sustentam a Junta Administrativa de Recursos de Infração (JARIs), os Conselhos Estaduais de Trânsito, o Conselho de Trânsito do Distrito Federal e os Centros de Engenharia de Tráfego.
O outro foco do investimento do dinheiro arrecadado pelas multas é a educação, que inclui campanhas publicitárias e educativas, cursos e palestras e atividades nas escolas.
Desde 2018, ficou determinado por uma portaria do Denatran que os Estados devem publicar o quanto foi arrecadado com a cobrança de multas de trânsito. Só em 2021 no estado de São Paulo foram 1.563.449 infrações.
Fonte
Auto Esporte
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