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A alardeada 4ª onda da COVID já é uma realidade no trânsito do Brasil

Quanto mais estudamos os fenômenos que envolvem os sinistros de trânsito no Brasil, mais nos conscientizamos e chegamos a conclusão de que o fator humano se sobrepõem em larga escala como a maior causa destes eventos no país, e que os motociclistas lideram com ampla vantagem esta tenebrosa estatística.
Desatenção, o uso do celular (por voz ou pior, digitando), o cansaço que leva ao cochilo, o consumo de álcool aliado a direção, o uso de substâncias entorpecentes e de remédios diversos, crises de hipoglicemias e pressão alta, são fatores aliados a ansiedade, estresse, a falta de percepção do risco, subavaliação da probabilidade de acidente, deficiências (visual, auditiva, motora), excesso de velocidade, desrespeito à distância mínima entre veículos, ultrapassagem indevida, não-uso do cinto de segurança, do capacete para motociclistas, dos equipamentos de proteção para criança, a imprudência dos pedestres, dos ciclistas e dos motociclistas, entre tantas, tem sido determinantes à manutenção e elevação dos altos índices de lesões e mortes no trânsito.
Segundo Larissa Polejack Brambatti, psicóloga e professora do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB) ainda no auge da pandemia “A saúde mental não é uma preocupação para depois. Não é a quarta onda [da pandemia de Covid-19], ela está aqui” e friso é uma realidade.
Precisamos construir melhores alternativas e caminhos para diagnosticar, prevenir, tratar, conscientizar, cuidar e educar para o trânsito, como única forma transformadora para agir assertivamente nas diversas patologias psíquicas, entre elas e com destaque, a ansiedade e o estresse, que na minha modesta visão são o mal do século, que na condução do veículo, se transformam em grave ameaça ao trânsito.
Chamo a responsabilidade aos órgãos de trânsito estaduais para a aplicação do exame inicial e renovação dos exames médicos e psicotécnico, para que sejam aplicados com o rigor da técnica científica e muita responsabilidade, pois assim poderemos minimizar este processo, evitando entregar a CNH nas mãos de condutores que deveriam primeiro passar por um tratamento médico ou psicológico, antes de conviver no trânsito colocando a sua e outras vidas em risco.
Não podemos perder de vista a Educação para o trânsito que precisa urgentemente ser implantada no nosso ensino fundamental, este é o momento em que a criança passa pela solidificação de suas crenças, e só ai poderemos incutir na sua formação primaria a segurança no trânsito como primordial para a vida.
As crenças são formadas com base no que vemos, ouvimos e sentimos, a família desempenha papel essencial nesse incentivo, uma vez que as crianças enxergam em seus familiares as primeiras figuras de confiança e autoridade. Sabendo que tudo que falamos a elas sobre seus comportamentos pode ser absorvido como verdades, vale a pena entender como evitar crenças limitantes na criação dos filhos.
E o que isso tem a ver com educação para o trânsito ?
Tem sim, exatamente pelo conceito acima é que precisamos implantar a educação para o trânsito no ensino fundamental para combater estas crenças estabelecidas em nossas crianças e adolescentes, que sempre tem “enxergado” atitudes errôneas adotadas pelos pais, parentes e amigos com quem trafegam na condução dos veículos, seja pelo uso do celular, não fixação do cinto de segurança, falta do uso do capacete, entre tantas infrações usuais praticadas.
Nosso clamor aos Governos Federal, Estadual, Municipal e instituições públicas e privadas, é de que possamos fazer um grande movimento de integração nacional para combater a nossa real 4a onda da PANDEMIA NO TRÂNSITO, antes que mais vidas sejam ceifadas e mais futuros sejam perdidos em nossas vias, levados pelos sinistros de trânsito gerados especialmente pelo fator humano.
NO TRÂNSITO, ESCOLHA A VIDA.