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Kim Kataguiri na contramão da luta pela diminuição dos índices de sinistro de trânsito

A infeliz iniciativa do deputado Kim Kataguiri, do partido UNIÃO/SP, de apresentar um requerimento de urgência para o Projeto de Lei 4474/2020, que propõe tornar facultativa a frequência em autoescolas na obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), é preocupante e demonstra uma falta de conhecimento adequado sobre os riscos envolvidos.
A proposta em questão levanta uma série de questionamentos sobre a segurança no trânsito e a formação adequada dos condutores. A ideia de permitir que os candidatos à CNH possam obter a habilitação sem passar por um processo de aprendizado teórico e prático em autoescolas é extremamente perigosa.
A frequência em autoescolas é fundamental para garantir que os futuros condutores recebam a orientação e a educação necessárias para lidar com as diversas situações que podem surgir no trânsito. Através das aulas teóricas, os alunos aprendem sobre as leis de trânsito, sinalização, direção defensiva, primeiros socorros, entre outros temas essenciais para uma condução segura.
Já as aulas práticas permitem que os candidatos tenham contato direto com o veículo, aprendendo a manejá-lo corretamente e adquirindo habilidades de direção. Além disso, durante as aulas práticas, os instrutores podem corrigir erros e orientar os alunos sobre as melhores práticas no trânsito, contribuindo para a formação de condutores responsáveis e conscientes.
Ao tornar facultativa a frequência em autoescolas, o deputado Kim Kataguiri está colocando em risco a segurança de todos os usuários das vias públicas. Um condutor sem um mínimo de orientação e educação para o trânsito pode se tornar um perigo tanto para si mesmo quanto para os demais motoristas, pedestres e ciclistas.
Em vez de propor medidas que enfraquecem a formação dos condutores, seria mais produtivo e responsável por parte do deputado cobrar dos governos a implantação da educação para o trânsito no ensino fundamental. A conscientização desde cedo sobre as regras e os princípios de segurança no trânsito é fundamental para a formação de motoristas responsáveis no futuro.
A educação para o trânsito no ensino fundamental poderia abordar temas como respeito às leis de trânsito, cuidados com pedestres e ciclistas, importância do uso do cinto de segurança e do capacete, entre outros assuntos relevantes. Dessa forma, estaríamos investindo na formação de condutores conscientes desde cedo, o que teria um impacto positivo na segurança viária a longo prazo.
Retirar a única trincheira onde o candidato a condutor tem contato com o trânsito, seja teórico ou prático, para receber sua CNH e ter condições plenas de convivência no trânsito é um retrocesso e uma medida irresponsável. É preciso valorizar a formação adequada dos condutores e garantir que todos os motoristas tenham o conhecimento necessário para conduzir de forma segura e responsável, preservando vidas.