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| Postado em 24 de janeiro de 2020 às 10:29

São Paulo teve 64% mais mortes de ciclistas em 2019

Por Redação Portal

Para especialistas, a alta pode estar ligada a comportamento de risco de usuários de bicicleta

São Paulo teve 64% mais mortes de ciclistas em 2019
comportamento de risco de usuários de bicicleta também contribui nos acidentes/Reprodução

O número de ciclistas mortos no trânsito da cidade de São Paulo subiu 63,6% em 2019, segundo dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito de São Paulo (Infosiga). Para especialistas, a alta pode estar ligada a comportamento de risco de usuários de bicicleta e também ao aumento de serviços de entrega por bike.

O Infosiga, plataforma virtual do governo do Estado de São Paulo, aponta que 36 ciclistas morreram na capital paulista no ano passado. Em 2018, foram 22. O aumento expressivo contrasta com o quadro geral da cidade, que registrou ligeiro recuo de 1,5% nas mortes no trânsito. Ao todo, foram 874 óbitos – ou uma ocorrência a cada dez horas -, ante 888 vítimas no ano anterior

Especialistas de trânsito afirmam que o aumento do uso de bicicletas e o comportamento de parte dos ciclistas podem ajudar a explicar a alta. “Uma hipótese é que eles estejam se colocando mais em risco, talvez em função de aplicativos”, diz o engenheiro de tráfego e consultor Horácio Augusto Figueira. “Para ter certeza, é preciso ter acesso a dados mais qualificados.”

Para Figueira, a cidade deveria oferecer mais ações educativas voltadas para o grupo, além de fiscalização. “Não há carta de habilitação para bicicleta, então muitos não têm noção de risco e não respeitam as regras de trânsito”, afirma. “Tem de espalhar uma série de placas educativas, uma em cada esquina.”

Diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, José Aurélio Ramalho também diz ser necessário investir em educação de trânsito. “Há muita ciclovia e ciclofaixa na cidade, ou seja, foi oferecida infraestrutura”, diz. “Mas em nenhum momento alguém chegou e falou: ‘Tem de respeitar a lei de trânsito’.”

“O cidadão não sabe as regras. Muitas vezes, tem medo de andar na rua e vai pedalar em cima da calçada ou na contramão. Isso é mais perigoso para ele e para os demais”, acrescenta ele. Na visão de Ramalho, falta desenvolver “percepção de risco” no trânsito de São Paulo – e não só para bicicletas. “Enquanto ele não perceber que corre perigo, não vai mudar.”

Mudanças

Questionada sobre os números do trânsito, a Prefeitura destacou o lançamento, em dezembro, do novo Plano Cicloviário da cidade, que prevê a criação de 173 quilômetros de ciclovia e 310 quilômetros de reformas e melhorias na malha já existente.

Fonte
Metro Jornal


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