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| Postado em 15 de abril de 2020 às 10:00

Efeito Covid reduz carros e mortes nas ruas em Canoas

Por Redação Portal

Acompanhe a comparação aos dados do ano passado

Efeito Covid reduz carros e mortes nas ruas em Canoas
Divulgação

“Menos veículos geram menos acidentes, isso libera mais leitos salas de emergência, em torno de 30% a 40% aqui”, destaca a chefe da unidade estatística do Departamento de Trânsito da Prefeitura de Canoas, Monique Machado. “Não tivemos mortes em março de 2020, no ano passado foram quatro no mesmo período, é o efeito Covid-19.” Não foram realizadas medições específicas nas vias, mas a baixa de movimento foi visível, bem como os reflexos nos indicadores. “O comércio não abriu, o estacionamento rotativo parou, a circulação de pedestres reduziu, perdeu-se o efeito pressa”, avalia.

Quem não parou foram os motociclistas por aplicativos. As entregas nunca estiveram tão em alta. É uma das maiores preocupações das equipes de fiscalização no momento. “Quando o motociclista corre, lucra mais nas entregas, mas se envolve em acidentes sérios”, alerta. “Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) 60% dos leitos de UTI são ocupados pelo trânsito, reduzir isso, é mais dinheiro para outros investimentos em saúde.”

No ano passado morreram dez motociclistas em Canoas. “É a moto é a parte frágil do município: morre o dobro de motoqueiros que condutores de automóveis e de pedestres, alguns não têm experiência, mas por uma questão econômica, vão trabalhar para os aplicativos”, avalia a Monique. “Há também a questão da imprudência, posicionamento incorreto na via, alguns andam sem sinalizar, correm, não são vistos pelos carros.”

Pólo comercial e industrial

Canoas tem em torno de 197 mil veículos e 164 mil condutores, separados entre: motociclistas (4.112); carros (100.58); transporte de carga (3.565), transporte de passageiros (5.351) e segunda unidade acoplada (veículos com mais de 600kg, com 1.722 motoristas). São milhares de vidas atrás de um volante ou guidão circulando todos os dias por ruas, avenidas e as rodovias (uma particularidade de Canoas, dividida ao meio pela BR-116, mais as BR-386 e BR-448). “Por ser polo comercial e meio ligador com a Capital, nosso fluxo de trânsito é pesado”, enfatiza Monique. “Salvar vidas é complexo, pois não é só o morador da cidade, há toda uma estratégia de engenharia, o pessoal vem de outras cidades não está acostumado à sinalização, ela tem que ser simples e bastar por si só.”

Canoas tem dois portos secos e indústrias, o que se reflete em muitos caminhões. “Além de fiscalizar, promovemos ações educativas, combatemos a mistura álcool e direção”, aponta. “Cada acidente com vítima pode custar à sociedade mais de R$ 40 mil reais.” Com base em dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2018, chega-se em Canoas ao custo de R$ 31 milhões (dividido entre resgate, atendimento médico-hospitalar, trabalho de agentes de trânsito, além de danos à sinalização e mobiliário urbano).

Os apressados

Em todo o ano passado, foram registrados em vias da cidade 33 óbitos em 30 acidentes, de acordo com dados da Secretaria de Transportes e Mobilidade. Até fevereiro de 2020, cinco óbitos em cinco acidentes. “São, em geral, acidentes cotidianos, mortes de quem está indo ou voltando para casa”, afirma a chefe de estatística. As Avenidas Rio Grande do Sul e a Florianópolis são as mais complicadas do município. “O Mathias é um dos maiores bairros da América Latina, é um trânsito pesado, vias estreitas, liga bairros, uma diversidade de veículos e pedestres.”

Mas tem motorista que corre e um acidente que seria leve se transforma em tragédia. A fiscalização está de olho em tempos de vias com menos carros, favorecendo quem gosta de pisar no acelerador. “Até março, tivemos 6.258 veículos autuados por velocidade”, explica. “No ano passado, foram 23.472 veículos autuados pela mesma infração.” O excesso de velocidade corresponde a 53,5% das autuações do município.

Pela metade

Engajada na campanha de reduzir as mortes pela metade, em dez anos, conforme campanha internacional, Canoas trabalha para ficar abaixo de 24 óbitos em 2020 para fechar a meta pactuada. “Em 2010 registramos 49 mortes”, lembra. “O triângulo da vida é educação, engenharia e fiscalização, investir em segurança no trânsito é economizar muito em saúde.”

Fonte
Diário de Canoas


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