Das 13 pessoas que perderam a vida nas vias em Cascavel no período de janeiro a abril de 2020, quatro eram condutores de veículos; uma estava como passageira de veículo; cinco eram motociclistas; uma estava como passageira de motocicleta e dois eram pedestres. Dessas, 23% (três condutores associaram álcool e direção). Paralelamente, está a alta velocidade, outro causador de mortes.
Para chegar ao ranking, os membros do Cotrans/PVT utilizam um programa que pontua pelo menos 20 fatores que podem causar o acidente, como infraestrutura da via, velocidade, uso de álcool e direção; visibilidade; condições do veículo; condições de saúde do condutor; possíveis fatores de risco associados como cinto de segurança, celular, entre outros.
Além de analisar as causas, o Cotrans/PVT também dá encaminhamentos quando necessário para os setores de engenharia de trânsito, educação ou fiscalização de trânsito, sugerindo, por exemplo, revisão de sinalização, foco em ações educativas ou de fiscalização.
Participaram da reunião mensal do Cotrans/PVT representantes da Cettrans/Transitar; da Polícia Rodoviária Federal; da Polícia Rodoviária Estadual; da Polícia Militar; do 4º Grupamento de Bombeiros; da 7ª Ciretran; da Secretaria Municipal de Saúde e da 10ª Regional de Saúde.
A orientação dos órgãos de segurança, em caso de flagrante numa ocorrência de trânsito ocasionada por um condutor alcoolizado, que os populares não tentem fazer justiça com as próprias mãos ou tomem providências por conta própria. Isso porque, segundo os policiais que participaram da videoconferência de hoje, o condutor, se agredido, por exemplo, acaba escapando do flagrante e do teste do etilômetro (bafômetro), tornando-se uma segunda vítima, precisando ser também socorrido e levado aos órgãos de saúde, onde acaba ocupando leitos hospitalares. Em situações como essa, o ideal é sempre chamar e aguardar a autoridade de segurança.
Demais temas
A reunião ainda debateu ações preventivas via redes sociais e mídia para o mês de maio, mesmo que o Movimento Maio Amarelo tenha sido transferido para setembro, uma vez que a conscientização precisa ser permanente.
Também foi reforçada a necessidade de se continuar as ações de fiscalização de trânsito mesmo com este período de isolamento social, pois há uma sensação de impunidade. As estatísticas apresentam redução no número de acidentes, contudo, aumento na gravidade.