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Fenabrave pede liberação da concessionárias
Por Redação Portal
O Governo de São Paulo comunicou que a quarentena permanecerá, no mínimo, até dia 22 de abril em todo o estado e as concessionárias continuam fechadas até o momento.
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A situação da venda de carros novos no Brasil, que já estava crítica de acordo com a Fenabrave (Fenabrave Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores), agora ficou pior. O Governo de São Paulo comunicou que a quarentena permanecerá, no mínimo, até dia 22 de abril em todo o estado e as concessionárias continuam fechadas até o momento.
São Paulo é o maior mercado automobilístico do Brasil e concentra 1.693 das 7.300 concessionárias do território nacional. Isso é revertido em 72.800 empregos diretos, o que representa 23% do total de empregos do País na área.
Muitas concessionárias estão fechadas desde o dia 20 de março e a esperança de reabrí-las no dia 7 ou 8 de abril está descartada agora. Portanto, algumas ficarão pelo menos um mês de portas fechadas. E o impacto negativo disso deve ser muito grande.
De acordo com a Fanabrave, as vendas de veículos novos e comerciais leves caíram 21,9% no mês de março em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi o pior mês de março em 14 anos e o pior trimestre em 10 anos.
Em entrevista à Autoesporte, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, falou sobre as negociações que a entidade faz com o Governo Federal, com os governantes de todos os estados e como o impacto econômico de São Paulo pode refletir no resto do País.
A Fenabrave negocia com o Governo Federal a postergação de impostos para barrar a isenção de taxas e empréstimo de capital de giro com crédito especial, junto ao BNDES, para empresas do setor.
Se isso for aprovado, segundo a entidade, os concessionários conseguirão pagar suas próprias despesas e de seus funcionários, minimizado um prejuízo inevitável.
“A Fenabrave não pediu nenhum beneficio isso é apenas uma condição de sobrevivência das concessionárias e dos empregos no Brasil”, explica Alarico. Junto aos governos estaduais, a proposta é de que as concessionárias fiquem abertas, mas seguindo à risca uma cartilha de segurança. Mas a negociação com alguns estados é mais difícil, como em São Paulo, que vive o ápice da pandemia do novo coronavírus no Brasil.
“Nossa prioridade é a saúde da população, por isso fizemos o Guia Prático, mas não podemos ter mais um mês estagnação, se isso acontecer muitas pessoas perderão os empregos e empresários fecharão as portas.
A situação de São Paulo é delicada, porque é onde concentra os maiores índices de empregos e de concessionárias. Estamos negociando com o Estado porque precisam liberar as concessionárias para ontem”, diz Alarico após João Dória (PSDB), governador do estado, estender a quarentena.
O presidente da Fenabrave concorda que o momento é muito delicado e precisa de quarentena para controlar a disseminação da Covid-19 em São Paulo. Mas acredita que seguindo o Guia Prático, como foi nomeado, as concessionárias conseguirão abrir as portas de forma controlada e atender, em uma demanda muito menor, o fluxo de clientes com segurança.
Entre as indicações, os colaboradores e clientes devem seguir orientações de higienização. Equipamentos como peças, acessórios e veículos, serão esterilizados constantemente e haverá álcool em gel em todas as áreas do ambiente.
Todos os presentes deverão ter uma distância mínima de 1,5 m e as concessionárias deverão fazer rodízio semanal entre seus funcionários. Apenas pessoas do grupo de risco, independente da idade, ficarão em casa durante o período de quarentena.
Alarico conta que em alguns estados já estão seguindo o Guia Prático. No Distrito Federal, por exemplo, todas as concessionárias estão abertas e operando de forma reduzida.
Procurado pela Autoesporte, o Governo do Estado de São Paulo comunicou que até agora a medida é de quarentena até o dia 22 de abril e não há previsão de alteração no que foi definido. Mas confirma que o Governo de São Paulo recebeu a demanda da Fenabrave e os pedidos estão sendo avaliados por comitês técnicos do Estado.
A negociação entre Fenabrave e o Governo de São Paulo deve seguir nos próximos dias. Caso não cheguem a um acordo, Alarico prevê reflexos econômicos em outros estados. “A expectativa é de que o Governo aceite o acordo. Caso não seja firmado, os reflexos podem disparar para outros estados pela força e a potência que São Paulo representa e só serão minimizados caso os governos estaduais tenham feito uma boa gestão da crise”.
O estado de São Paulo é o mais afetado pelo novo conavírus. São 4.620 infecatos e 275 mortes até o último balanço da Secretaria de Saúde.
Fonte
Revista Auto Esporte
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