Gasolina aditivada ou comum? Entenda as diferenças e qual é a melhor

O brasileiro não tem tido paz quando o assunto é combustível. O preço da gasolina encerrou 2021 com uma alta de 46,7% – é o que aponta o último levantamento do Índice de Preços Ticket Log. Não bastassem os valores absurdos, ainda existem dúvidas que incomodam o motorista ao abastecer o carro. Qual é a melhor opção: gasolina aditivada ou comum? Algum dos combustíveis evita o aumento do consumo?

Gasolina é, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), um composto de frações líquidas leves do petróleo, cuja composição de hidrocarbonetos varia desde C5 até C10 ou C12.

A gasolina comum possui baixo teor de enxofre (até 50 mg/kg) e octanagem mínima de 93 unidades – medida pelo método RON.

A gasolina aditivada, por sua vez, é a gasolina comum com o acréscimo de um aditivo com propriedades detergentes e dispersantes, que ajudam a manter limpo o sistema de alimentação do veículo.

Como explicado acima, a gasolina aditivada já conta com propriedades dispersantes e detergentes que não deixam que depósitos carboníferos se formem dentro do motor, evitando que o propulsor perca desempenho. Por essa razão, é superior à comum.

Em resumo, a gasolina aditivada simplifica o processo de aditivação para o condutor – visto que quem abastece com gasolina comum deve completar o tanque com aditivos específicos.

Apesar dos muitos mitos envolvendo a gasolina aditivada, não é possível afirmar que ela rende mais do que a comum. Isso porque a única diferença entre as duas é a adição de aditivo.

Vale lembrar que a gasolina aditivada não aumenta o desempenho do carro. Para tanto, é necessário uma octanagem maior – oferecida pela gasolina premium.

Ainda assim, para que a gasolina premium faça diferença, o veículo precisa ser equipado com um motor com alta taxa compressão.

A gasolina aditivada é benéfica para o conjunto motriz dos carros. Portanto, um motorista pode escolher abastecer apenas com o composto.

A gasolina tem um elevado teor de carbono, fato que provoca formação de depósitos (na cabeça do pistão) quando ocorre a combustão. Com o tempo, esses depósitos carboníferos prejudicam a combustão (pré-ignição), reduzindo o desempenho do carro, aumentando o consumo e as emissões do veículo.

Importante ressaltar que se o proprietário do veículo adicionar aditivos ao tanque, os problemas apontados acima não serão apresentados.

A aditivação da gasolina é realizada para manter limpo o interior do motor, o que não aumenta e nem diminui o consumo de combustível a curto prazo.

Porém, a médio ou longo prazo, ao impedir a formação desses depósitos carboníferos no interior da câmara, a aditivação evita uma combustão irregular; e essa sim aumentaria o consumo de combustível.

Então, a gasolina aditivada a longo prazo evita um aumento do consumo. O mesmo vale para a gasolina comum se for colocada no tanque do carro junto de um aditivo.

Alguns manuais sugerem o uso da gasolina comum por um motivo simples: todas as fábricas sabem da importância dos aditivos na gasolina. Entretanto, a aditivação não é padronizada no Brasil e, assim, cada distribuidora acrescenta os aditivos que bem entende.

Para não correr o risco de que seus carros tenham problemas nos motores pelo uso de gasolina com aditivo de baixa qualidade, essas fabricantes sugerem a gasolina comum – desde, claro, que e o motorista adicione ao tanque, ele mesmo, um frasquinho de aditivo.

Fonte
Auto Papo

Tagsaditivada Combustível comum Gasolina

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