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Lei Seca nas rodovias: infrações de trânsito dobram e novas informações são divulgadas
Por Redação Portal
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Em 2021, a ingestão de álcool e drogas foi responsável por 452 mortes, o equivalente a 8,4% das vidas perdidas nas rodovias federais brasileiras. O número de ações de fiscalização da chamada Lei Seca vem caindo desde 2019, mas não a quantidade de motoristas flagrados com uso de substâncias proibidas. Dessa forma, a relação infração/fiscalização dobrou no período.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o consumo de álcool ocupa a sexta posição no ranking das principais causas de sinistros de trânsito: foram 4.532 ocorrências em 2021.
O número de ações de fiscalização para combater essa prática vêm despencando nos últimos anos. Em 2019, a PRF realizou 17.274 fiscalizações e registrou 19.966 infrações por dirigir sob efeito de álcool e de substâncias psicoativas, uma média de 115 infrações a cada 100 fiscalizações.
No ano seguinte, foram 6.787 fiscalizações, com 13.724 infrações – média de 202 infrações a cada 100 fiscalizações. No ano passado, foram 5.329 fiscalizações e 12.116 infrações – média de 227 infrações a cada 100 fiscalizações.
As informações constam de levantamento de dados feito pela PRF a pedido da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra).
Em dois anos, o número de infrações por fiscalizações dobrou e isso mostra que o brasileiro segue desrespeitando as leis e as normas de trânsito, analisa o diretor científico da Ammetra, Alysson Coimbra.
“Mais pessoas estão dirigindo sob o efeito de álcool e/ou substâncias psicoativas, enquanto o número de fiscalizações cai drasticamente. Com a total flexibilização da circulação, percebemos a volta, sem nenhuma surpresa, da insegurança no trânsito do Brasil, justificado por políticas públicas ineficazes e a manutenção do perfil agressivo e imprudente de nossos motoristas”, afirma.
Lei seca
Coimbra ressalta o ocorrido nos últimos feriados. “No Carnaval houve aumento de 18% no número de mortes e de 16% dos acidentes graves e a Semana Santa deste ano, o número de mortes também cresceu em relação ao feriado do ano passado.”
Na avaliação do especialista em segurança do trânsito, a redução das fiscalizações da Lei Seca dá ao motorista a sensação de que as estradas estão livres para quem deseja cometer crimes e desrespeitar a lei.
“Se o número de fiscalizações não aumentar, teremos um novo pico de mortes, feridos e inválidos no trânsito e ficaremos ainda mais distantes de atingir a meta da ONU de reduzir, até 2030, o número de mortes e lesões no trânsito em pelo menos 50%, o que já não conseguimos na década passada”, alerta Coimbra.
Fonte
Garagem 360
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