Nesta manhã, passageiros reclamavam da dificuldade em pegar os ônibus da operação Paese na estação Parque São Lucas. Na estação Camilo Haddad, os passageiros não conseguiam embarcar devido a lotação. O trânsito na região estava congestionado.
Neste final de semana, a linha já havia ficado fechada para a realização de testes, segundo o Metrô, que administra a Linha 15-Prata.
Na tarde deste domingo (1), o Metrô confirmou que um pneu de um trem se rompeu na última quinta (27), o que fez com que a composição tivesse que ser recolhida. Após realização de testes, danos foram constatados também em outros pneus da fabricante Bombardier.
“Ao longo dos testes realizados na linha neste fim de semana, o Metrô constatou a incidência de danos em outros pneus dos trens do monotrilho. A fabricante Bombardier foi acionada imediatamente e verificou que os dispositivos chamados ‘Run Flat’ estão causando essa alteração. Esses dispositivos ficam nas rodas e garantem a movimentação do trem em casos de anormalidades, como pneus furados ou murchos”, diz o texto.
O Metrô afirmou ainda que cobrou providências da Bombardier e do Consórcio CEML, que construiu a via “para a identificação da causa da ocorrência, a sua correção e também que eles arquem com todos os prejuízos decorrentes desta paralisação”.
A nota também afirma que toda a frota, vias e sistemas passarão por “rigorosa inspeção nos próximos dias, com acompanhamento dos funcionários do Metrô, para uma imediata solução que permita a retomada da operação”.
A Bombardier afirmou, também por meio de nota, que foram adotadas medidas preventivas.
“Por excesso de cautela, recomendamos que o Metrô de São Paulo removesse a frota de 23 trens de serviço para que nossa equipe de especialistas do Canadá, pudesse realizar as inspeções necessárias. Juntamente com nossos fornecedores de rodas e pneus, estamos trabalhando 24 horas por dia para inspecionar os trens, determinar a causa do incidente, desenvolver uma solução e apresentar medidas corretivas ao Metrô de São Paulo”, disse.
A empresa também pediu desculpas pelo incidente. “Entendemos o impacto que isso terá na comunidade de São Paulo e pedimos desculpas pelo inconveniente necessário. Embora nosso objetivo seja devolver os trens aptos para operação o mais rápido possível, a segurança é nossa prioridade número um. Gostaríamos de tranquilizar os passageiros de que os trens do monotrilho do Metrô de São Paulo têm transportado passageiros com segurança e confiabilidade desde que o sistema foi inaugurado em 2014.”