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Maio Amarelo: é tempo de desacelerar – o carro, a mente e o coração

Por João Eduardo Melo
Estamos no Maio Amarelo, mês dedicado à conscientização para um trânsito mais seguro. Mas, mais do que alertar para o uso do cinto, a velocidade ou a travessia na faixa, este é um convite profundo: desacelerar não apenas o veículo, mas a mente, os conceitos e a pressa que carregamos todos os dias.
Vivemos em uma sociedade onde tudo acontece no ritmo do “agora”. A ansiedade virou combustível, e o imediatismo nos atropela antes mesmo de entrarmos no carro. Essa pressa interna reflete no trânsito: ultrapassagens arriscadas, buzinas impacientes, desrespeito ao outro. Por isso, o Maio Amarelo deste ano, com o tema “Mobilidade Humana, Responsabilidade Humana”, nos chama a algo maior: praticar um trânsito mais humano.
Trânsito humano é aquele onde respeito e empatia são mais fortes que a pressa. É onde entendemos que cada pessoa tem um destino, uma história, uma família esperando em casa. É quando paramos não só o carro na faixa, mas paramos a pressa dentro de nós, para enxergar o outro como igual.
Desacelerar não significa ir devagar por obrigação. Significa escolher priorizar a vida. É um ato de inteligência emocional, de consciência coletiva, de evolução enquanto sociedade. Não podemos falar de desenvolvimento humano se não colocarmos a preservação da vida no centro de tudo.
Neste Maio Amarelo, minha mensagem é simples, mas profunda: reduza a velocidade. Mas reduza também a intolerância, o egoísmo, o descaso. Acelere apenas o amor, a compaixão, o cuidado.
Que a mobilidade seja, antes de tudo, um caminho de conexão e não de competição. Porque somente um trânsito mais humano nos levará a uma sociedade verdadeiramente evoluída.
DESACELERE, SEU BEM MAIOR É A BIDA