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O perigo das aulas fantasmas nas Autoescolas: Quando a corrupção coloca vidas em risco

Tirar a tão sonhada Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é um marco importante para muitos brasileiros. Porém, por trás desse processo, há práticas ilegais e perigosas que colocam a vida de motoristas e pedestres em risco. Uma delas é a chamada “aula fantasma”, um esquema fraudulento onde aulas teóricas ou práticas são registradas como realizadas, mesmo sem o comparecimento do aluno.
As aulas fantasmas ocorrem quando, o aluno não comparece, mas a presença é registrada; a aula não é ministrada, mas é contabilizada; os dados são forjados no sistema de controle do Detran (com digitais falsas, por exemplo). Essa prática pode envolver conivência entre instrutores, donos de autoescola e até funcionários corruptos de órgãos de trânsito.
A existência da aula fantasma leva para rua condutores despreparados que não saberão reagir em situações de emergência, sobre as regras básicas de direção defensiva, ou até como estacionar, manobrar, dirigir sob chuva ou à noite.
Não podemos deixar de falar sobre como a formação deficiente impacta diretamente na segurança viária. Segundo dados da OMS, o Brasil está entre os países com maior número de mortes no trânsito, e a má formação de condutores é um dos fatores.
Quando uma CNH pode ser “comprada”, todo o sistema perde a legitimidade e confiança da população. Enquanto alguns se beneficiam de esquemas ilegais, alunos que seguem corretamente o processo são prejudicados pela má reputação das autoescolas.
O Portal TransitoWeb traz como a fraude acontece:
Manipulação de biometria: Algumas autoescolas burlam o sistema de presença por biometria, usando dedos de silicone ou digital falsificada.
Registros manuais sem fiscalização: Em locais com fiscalização fraca, instrutores registram aulas que nunca foram dadas.
Falsificação de documentos: Em casos mais graves, há até falsificação de exames e certificados.
O Senatran e os Detrans estaduais afirmam que estão aprimorando os sistemas de controle, com biometria mais rigorosa, GPS nos veículos de aula prática, e cruzamento de dados entre autoescolas e centros de exames. No entanto, a fiscalização ainda é falha em muitas regiões.
Como combater as aulas fantasmas?
Denunciar irregularidades aos Detrans e Ministério Público;
Investir em fiscalização eletrônica: biometria, câmeras, GPS;
Conscientizar a população sobre os riscos reais;
Punição severa para autoescolas e instrutores que participam do esquema.
Fonte
Redação TransitoWeb