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Preço da gasolina cai nas refinarias, mas alívio não chega ao bolso do consumidor

A Petrobras anunciou sucessivas quedas no preço da gasolina vendida às distribuidoras nas últimas semanas, com uma redução acumulada de R$ 0,51 por litro nas refinarias. No entanto, o consumidor final ainda não sentiu o impacto desse alívio no bolso. Levantamentos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o repasse feito até agora pelos postos de combustíveis tem sido lento e, em muitos casos, irrisório.
De acordo com a ANP, apenas R$ 0,10 da redução nas refinarias chegou efetivamente às bombas. Em algumas capitais, como Campo Grande e Salvador, motoristas relatam que o preço nas bombas caiu apenas R$ 0,11 ou nem sequer sofreu alteração.
Especialistas apontam diversos fatores para o descasamento entre o valor nas refinarias e o preço final ao consumidor:
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Estoque antigo: muitos postos ainda estão comercializando gasolina comprada antes da redução, o que adia a queda para os próximos dias ou semanas;
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Mercado livre: os postos têm liberdade para definir os preços, sem obrigação legal de repassar imediatamente reduções;
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Margem de lucro e custos operacionais: donos de postos argumentam que precisam manter margem de lucro e arcar com despesas como frete, impostos e folha de pagamento;
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Cautela com instabilidade internacional: distribuidoras estariam segurando os preços por conta da incerteza nos mercados internacionais e possível nova alta no barril do petróleo.
A ANP afirmou estar monitorando os preços praticados e pode intervir, caso identifique abusos ou distorções fora do padrão de mercado. No entanto, como o setor de combustíveis é desregulamentado, a agência não pode obrigar o repasse imediato da queda.
Já entidades de defesa do consumidor cobram mais transparência das distribuidoras e medidas para garantir que reduções de preços cheguem de forma justa ao consumidor.
Fonte
Redação TransitoWeb