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| Postado em 21 de fevereiro de 2025 às 9:56

PRF registra 6.160 mortos em 2024; foram 539 vítimas a mais que em 2023, mantendo a alta

Por Redação Portal

PRF registra 6.160 mortos em 2024; foram 539 vítimas a mais que em 2023, mantendo a alta

No momento em que o governo federal apresenta uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia as atribuições da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para o patrulhamento de ferrovias e hidrovias, o número de mortes nas rodovias federais continua a crescer.

De acordo com os dados apresentados pelo diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, nessa terça-feira (18), em evento promovido pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), foram registrados 73.160 sinistros (acidentes) nas rodovias federais, em 2024, contra 67.723 ocorrências, em 2023, conforme o Anuário Estatístico da Corporação; um aumento de 8%, em relação ao ano anterior.

Ainda conforme o levantamento, o número de mortes subiu de 5.621 para 6.160, um aumento de 9,5%, o equivalente a 539 óbitos a mais em relação ao ano anterior.

Sinistros e mortos nas rodovias federais, entre 2018 e 2024
Ano Sinistros Mortos
2018 69.333 5.274
2019 67.557 5.338
2020 63.585 5.292
2021 64.566 5.398
2022 64.603 5.441
2023 67.723 5.621
2024 73.160 6.160
Fonte: PRF e SOS Estradas

 

Os números indicam que nem mesmo com a pandemia, a PRF conseguiu reduzir as mortes, com exceção do ano de 2020, quando o tráfego de veículos caiu significativamente nas estradas, mas os óbitos mantiveram praticamente no mesmo patamar de 2019.

Veículos pesados estão envolvidos em 46,8 % das mortes

Os veículos pesados continuam a representar um percentual expressivo nos sinistros graves. Em 2024, estiveram envolvidos em 18.516 sinistros, o que corresponde a 25,3% do total. Além disso, foram responsáveis por 2.885 das mortes registradas, representando 46,8% das vítimas fatais.

Naturalmente, o número de mortos, com a participação de veículos pesados, não significa que a responsabilidade é sempre do condutor desse tipo de veículo, mas revela o grau de letalidade envolvendo-os.

Os dados reforçam a necessidade de maior fiscalização do transporte rodoviário de cargas e de passageiros, especialmente no que se refere à jornada excessiva dos condutores, velocidade praticada, excesso de peso e uso de substâncias psicoativas.

Outro fator preocupante é a falta de regularização de quase 1,5 milhão de motoristas com exame toxicológico vencido, que seguem dirigindo com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) válida, devido à omissão de diversos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans).

Crescimento das mortes desde 2019 e falhas na fiscalização

O aumento no número de mortes em rodovias federais tem sido uma tendência desde 2019, impulsionada por uma série de medidas que ampliaram a sensação de impunidade, como:

  • Desligamento de radares em trechos críticos
  • Flexibilização da fiscalização de veículos pesados
  • Suspensão da fiscalização do exame toxicológico
  • Mudanças na legislação de trânsito, incluindo o aumento do limite de pontuação para suspensão da CNH e a ampliação do prazo de validade da habilitação

Com esse cenário, dificilmente será alcançado o compromisso do Brasil em cumprir as metas da Nova Década de Segurança Viária, da ONU e da OMS (2021-2030), que prevê redução de mortes e feridos no trânsito.

Apesar da gravidade dos dados, essas informações não foram mencionadas pelo representante do governo brasileiro, Adrualdo Catão, secretário nacional de Trânsito, durante a Conferência da Década de Segurança Viária, que ocorre no Marrocos.

A ausência desse debate na agenda oficial internacional levanta questionamentos sobre a real prioridade dada pelo governo federal à segurança no trânsito e o cumprimento dos compromissos assumidos no âmbito global.

Fonte: Estradas

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