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Quem educa o cidadão para o trânsito no Brasil?

São as autoescolas as responsáveis por formar os futuros condutores no Brasil. Porém, para explicar a importância de ser as autoescolas as únicas autorizadas a realizar tal missão, é necessário que eu fale um pouco sobre trânsito. É nas vias terrestres, espaço coletivo, onde as cidades funcionam. É por elas que as pessoas convivem e que o trânsito acontece. Nesse sentido, é imprescindível que haja respeito e tolerância entre os que ocupam o mesmo espaço.
As leis e regras para tal existem e devem ser cumpridas para que haja organização e o pleno funcionamento da vida moderna. No entanto, é quando as pessoas desrespeitam essas regras que acontecem os acidentes. Dessa forma, é importante que as pessoas que usufruem da cidade conheçam e respeitem as formas corretas de se comportar no trânsito. É aí que entram as autoescolas: para ensinar, educar e passar as orientações aos condutores de veículos sobre como se comportar no trânsito.
É importante frisar, inclusive, que a educação para o trânsito deve acontecer desde a infância. Esse fato está previsto no artigo 76 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), incluído em 1998, onde determina que a educação para o trânsito é obrigatória nas escolas, em todos os níveis, desde a pré-escola até a universidade. Legislação, ao meu ver, coerente e acertada tendo em vista que é importante sensibilizar as crianças, desde os primeiros anos de vida, para temas fundamentais do trânsito como a consciência de seus direitos, deveres e responsabilidades.
Posso dizer com propriedade que educar um jovem adulto quando chega na autoescola para tirar a CNH não é nada fácil, principalmente quando ele sempre teve contatos com familiares que não tiveram uma boa educação para o trânsito. Primeiro que ele não aceita facilmente cumprir as normas, pois já viu seus parentes agindo erroneamente no trânsito e nada acontecer e depois que é preciso que o instrutor faça um trabalho de reeducação, o que leva muito mais tempo e desgaste, mas que devido a realidade cultural que vivemos é uma situação comum na rotina das autoescolas do Brasil.
Países que investiram em educação para o trânsito obtiveram excelentes resultados. A Suécia e o Japão, por exemplo, já amargaram estatísticas tão lamentáveis quanto as nossas e hoje são referências no que diz respeito ao trânsito seguro no mundo. Isso prova que, mesmo a longo prazo, o investimento em educação para o trânsito funciona.
Finalizo destacando que o trânsito precisa ser levado mais a sério. Campanhas educacionais realizadas apenas esporadicamente não surtem o efeito desejado. Precisa-se discutir sobre o tema durante o ano todo e com todos os públicos. Paralelo a esse trabalho, as autoescolas estão aí para cumprir um papel fundamental na sociedade, pois são elas que estão devidamente preparadas e atualizadas para educar e formar o novo condutor para o trânsito.