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Valéria de Barros Penatti
Retrospectiva da Semana Nacional do Trânsito
Por Valéria Penatti
A ONU nos parabeniza pelo desempenho do Brasil com campanhas, atitudes e movimentos para amenizar os números de acidentes de trânsito da Década (2011 a 2020), e apesar dos avanços e empenho de todos, ainda vai faltar muito para reduzir o índice em 50% os acidentes.

Piracicaba também foi fez sua parte, nós, Secretaria de Trânsito, Policia Civil, Polícia Militar, Sest Senat, todos mobilizados pela causa, e com o mesmo objetivo, redução dos acidentes, mas, não existe um só dia, onde a gente veja, assista ou ouça um jornal, seja em papel, virtual ou TV, onde uma notícia de acidente de trânsito seja constatada a nossa realidade brasileira; isso é demasiadamente triste, porque aí se perde vidas. E quando se perde vidas os prejuízos são inúmeros e muitas vezes irreparáveis, muitas vezes tem pessoas que se adequam a essa situação achando até que se tornou normal a perda, mas a perda nunca é normal, e nem pode vir a ser, para isso a gente precisa ter alguns princípios básicos, que são constituídos no caráter do ser humano que é a valorização da Vida.
É importante ressaltar que existem várias situações que provocam esses acidentes, é lógico que com o grande número de população e veículos pela ruas, motoristas despreparados, meios de transporte de todos os tipos, sem condições e regras de transitar de uma forma segura nas vias, pessoas inconsequentes que dirigem de forma absurda, embora habilitadas, mas sem preparo adequado porque na prática, é onde se torna melhor o condutor, e não só o simples fato dele estar portando uma carteira de habilitação, que o torna apto a enfrentar o trânsito conforme vivenciamos atualmente no Brasil.
Vale a pena dizer também que a porcentagem de imprudência, ou seja de atitudes que os seres humanos tomam no trânsito é a maior razão dos acidentes, não há outro tipo de falha a não ser a humana, 94% é um número muito grande para imprudências dos acidentes. E isso acontece quando dirigimos de forma errônea, quando está apressado no trânsito, sem atenção devida, quando tirou a habilitação por necessidade, ou obrigação, quando não conhece a legislação, às vezes burlar práticas, não respeita a vida do outro, nem a de si próprio, e isso gera cada vez mais problemas que no âmbito, profissional, familiar ou qualquer outro é transferido para a vida dele no trânsito.
É de uma tristeza profunda, ver um acidente de trânsito em decorrência de um atendimento no celular, que é totalmente desnecessário, provocar um grande prejuízo à vida. E de tudo que já foi feito, informado e de decorrentes atos trabalhados com os seres humanos nesse sentido, ainda a tendência é aumentar cada vez mais justificando que a culpa é do outro e não de si próprio, a falta de reconhecimento do seu erro dificulta o entendimento. Enquanto o ser humano não conscientizar que ele está errado conforme suas ações de desrespeito aos sinais de trânsito, setas, educação e afins, ele está cometendo uma sequencia de erros que podem acabar muito mal, sendo assim teríamos que ser reprogramados, ou reeducados, mas esse trabalho tem sido feito incessantemente, não existe outro caminho sem ser a educação, e essa porta deve acontecer futuramente com as crianças de hoje, para se tornarem os ótimos condutores no futuro, mas é preciso que seja feito o início a essa etapa, não da mais para adiar, educação para o trânsito tem que ser inseridas em todas as redes de ensino, sendo necessário tê-la como matéria básica, a educação e a segurança no trânsito, onde ele saiba qual atitude deva tomar no transito sem que venha prejudicar a vida do outro e a sua como consequência, e mesmo antes de sua primeira habilitação aprender a se portar como pedestre e passageiro. Sendo assim é cabível que uma criança ensinada desde muito cedo, adotara uma postura de respeito, educação em todo o ato que ele fizer. Isso é feito com a criança, com atos e brincadeiras interativas, com simulações de um trânsito futuro ao qual irá fazer parte.
Quando a criança entra no carro ela é passageira, quando atravessa a rua é pedestre, desde bebe, ela já faz parte do contexto, e estão presentes, embora muitas das vezes com mal exemplo dos pais que fazem coisas erradas, então quando a escola passa a informar a prioridade da vida, a se conscientizar sobre a proteção dos equipamentos de segurança, automaticamente eles assimilam isso no seu dia a dia, independente das instruções dos pais, quanto ao cinto de segurança, automaticamente a criança já irá saber como proceder, porque já se conscientizou, ao andar de bicicleta será da mesma maneira com o capacete. Então gradativamente toda a segurança será inserida na vida da criança até a fase adulta. Eu acredito muito nisso, em um futuro onde haja menos acidentes de trânsito, e motoristas educados e conscientes, e a cultura da segurança seja um ato de amor a si e para com os outros.
Afinal, o SENTIDO É A VIDA!