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Saiba decifrar as informações técnicas dos pneus novos
Faz pouco mais de um ano que a etiquetagem de pneus passou a ser efetivamente notada pelos consumidores brasileiros

Faz pouco mais de um ano que a etiquetagem de pneus passou a ser efetivamente notada pelos consumidores brasileiros. Os primeiros modelos com selo do Inmetro chegaram ao mercado entre 2015 e 2016, mas só em abril de 2018 as etiquetas se tornaram obrigatórias para todos os pneus novos radiais de passeio e para veículos comerciais, importados ou nacionais.
E isso vem mudando a forma de consumi-los. Se antes existia pouca (ou nenhuma) informação técnica, agora há três notas que mostram a performance em piso molhado, no consumo de combustível e no ruído. Na prática, a etiqueta do Inmetro é uma réplica do modelo europeu.
O selo contém graduações de A a G, sendo as primeiras referentes ao melhor desempenho. Com base nessas notas, o consumidor pode decidir que critério priorizar — se quer um pneu que ajuda a poupar combustível (menor resistência à rolagem) ou com maior aderência em pista molhada.
Segundo executivo, um pneu de uso misto (todo terreno) terá péssimo desempenho em ruído, pois o desenho dentado dos sulcos busca dar maior tração em piso irregular, mas é ruidoso sobre o asfalto liso.
O selo brasileiro só não mostra o quanto dura cada pneu. O Inmetro não adotou o indicador de desgaste (Treadwear). O índice é uma referência criada nos Estados Unidos para a durabilidade, mas não representa exatamente o quanto um modelo é capaz de rodar, já que a vida útil depende de diversos fatores.
Esse índice é calculado com base no desgaste apresentado em um teste que consiste em rodar 15.500 km (9.600 milhas) em velocidade constante e sobre o mesmo piso. Mas embora deva o Treadwear, a indústria acredita que o mercado amadureceu com a etiquetagem. “O regulamento definiu limites mínimos de performance para cada um dos três critérios e permite apenas a entrada de produtos que atendam a esses limites”, valoriza Klaus Curt Müller, presidente executivo da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip).
Fonte
Revista Auto Esporte