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16/03/2020 às 3:00 | Atualizado em 16 de março de 2020

Sonda Lambda não requer manutenção periódica

Por Informe-se

Também é chamado de sensor de oxigênio, nome que já revela a sua função: aferir a quantidade de oxigênio presente entre os gases do escapamento.

Sonda Lambda não requer manutenção periódica
Reprodução

Quem esclarece o que é sonda lambda é Erwin Franieck, mentor de tecnologia e engenheiro mecânico da SAE Brasil. O especialista lembra que esse componente, mais conhecido por uma letra grega, também é chamado de sensor de oxigênio, nome que já revela a sua função: aferir a quantidade de oxigênio presente entre os gases do escapamento.

“No Brasil, o tipo mais comum de sonda Lambda compara a quantidade de oxigênio no escapamento em relação ao oxigênio do ambiente”, afirma Franieck. Ele destaca que existem modelos mais sofisticados, que utilizam maior número de parâmetros. Porém, a ideia sempre é detectar qual quantidade desse gás é expelida após a queima do combustível no motor.

O especialista esclarece ainda que o sensor é confeccionado em material cerâmico e afixado em eletrodos de platina. Geralmente, o componente é instalado após o coletor de escape, logo antes do catalisador. E como está localizado no sistema de escapamento, trabalha em altas temperaturas, entre 300 ºC e 900 ºC.

Para que serve a sonda Lambda?

Os dados decorrentes das análises feitas pela sonda Lambda são determinantes para o funcionamento do veículo. Com base no sinal elétrico emitido por ela, a central da injeção eletrônica pode deixar a mistura ar combustível mais rica ou pobre. Essa medida adéqua o motor às fases fria e quente, por exemplo.

“Assim, a queima de combustível gera sempre a menor quantidade possível de poluentes”, sintetiza Franieck. Além disso, “nas condições ideais o catalisador atinge desempenho máximo”, complementa.

Em carros flex, a sonda Lambda tem ainda outro papel, de fundamental importância: identificar qual combustível está sendo utilizado. É justamente com base no oxigênio presente no escapamento que o componente reconhece se o motor está consumindo gasolina, etanol ou a mistura de ambos.

Mais uma vez, graças a essa detecção, o módulo da injeção ajustará o sistema para a queima mais apropriada. Nesse processo, a eletrônica também altera o ponto de ignição.

Luz da injeção eletrônica

Outra função da sonda Lambda é identificar possíveis falhas nos sistemas de alimentação e exaustão. “Ao detectar que a mistura dos gases do escapamento não está boa, o componente torna-se um indicador de uma série de problemas que podem acontecer com o carro”, alerta o engenheiro da SAE Brasil.

Caso o nível de oxigênio que flui pelo escapamento permaneça inadequado mesmo após a adoção de novos parâmetros de ignição, a luz de alerta do sistema de injeção de combustível deverá acender no painel do veículo. Ela pode sinalizar, por exemplo, problema em um dos bicos injetores ou vazamento de gás pelo escapamento. “O que a sonda Lambda indica pode não ter nada a ver com ela mesma”, pondera Franieck.

O que faz a sonda Lambda “queimar”?

Ao contrário de outras peças, a sonda Lambda não tem vida útil pré-determinada. Essa peça pode durar centenas de milhares de quilômetros sem qualquer problema. Ela tampouco exige qualquer tipo de manutenção periódica e, portanto, não costuma gerar despesas para os proprietários.

Contudo, isso não significa que o sensor seja imune a defeitos. O especialista da SAE Brasil aponta os choques térmicos como as maiores ameaças. “Quando o motorista deixa o carro muito tempo parado e, após a partida, acelera de uma vez, o sensor de oxigênio é atingido por água”. Ele adverte que, caso essa situação aconteça com frequência, o componente fica mais vulnerável a danos.

O combustível adulterado representa outro risco. Isso porque, principalmente em obliterações envolvendo etanol, é comum que grandes níveis de água sejam eliminados pelo escape. Além disso, outras substâncias inadequadas podem contaminar o componente.

Substituição

A má notícia é que, se algum desses fatores causar estragos, não é possível consertar o componente. “A sonda Lambda é uma peça que não está sujeita a reparos. Se ela estiver contaminada ou danificada, precisa ser trocada,” adverte Franieck.

Caso surja alguma anomalia, é essencial procurar mão-de-obra adequada. O engenheiro destaca que diagnósticos equivocados podem até provocar uma troca desnecessária. Antes de determinar a substituição, o mecânico deve buscar por anomalias em componentes relacionados, como bicos injetores e escapamentos.

Caso a substituição seja inevitável, o engenheiro recomenda a aquisição de uma peça idêntica. É que existem diferentes tipos de componentes, que são desenvolvidos para os variados modelos de veículos. “A sonda Lambda tem uma série de características que precisam ser respeitadas,” explica.


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