Servidores do Departamento de Trânsito do Pará (Detran-PA) realizaram um protesto na manhã desta última terça-feira (3) em frente à Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), em Belém. A ação fez parte do programa de greve da categoria, que já dura 44 dias. Segundo os manifestantes, o protesto reclama a possível privatização da autarquia.
No local, os grevistas reivindicaram a apuração de denúncias de improbidade administrativa no Detran e solicitaram ao Poder Judiciário o julgamento da ação contra portaria de privatização da vistoria veicular. Além disso, os manifestantes pedem o afastamento do diretor-geral do Detran, Marcelo Guedes. Segundo eles, Guedes não passou pela sabatina dos deputados estaduais, como determina a Constituição Estadual.
Na Alepa, o presidente do sindicato da categoria, Denis Sampaio, e o diretor jurídico, Élison Oliveira, foram recebidos pelo líder de governo, deputado Chicão (MDB), e outros deputados, que mediaram contato com chefe da Casa Civil, Parsifal Pontes, para realização de nova rodada de negociação ainda esta semana.
Greve mais longa no Pará
Na última sexta-feira (28) os servidores do Detran deliberaram em assembleia a manutenção da greve. A paralisação dos trabalhadores, que já dura 44 dias, é a mais longa da categoria no estado. Segundo os manifestantes, 80% dos serviços do órgão estão paralisados em todo o estado.
Em nota, o Detran informou que a greve parcial dos servidores não afetou o funcionamento do órgão e que apenas o setor de vistoria está com atendimento reduzido. O Detran disse, ainda, que a portaria que estabelece critérios para o credenciamento de empresas terceirizadas para a realização de serviços específicos de vistoria é totalmente amparada pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A portaria visa, de acordo com o Detran, atender a crescente demanda recorrente do aumento da frota veicular e oferecer mais opções e comodidade ao usuário