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Crise: Indústria automotiva vai precisar de R$ 40 bi
Por Redação Portal
Falou o presidente da Volkswagen do Brasil
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“É uma crise sem precedentes. A história nunca viu o mundo parar todas as regiões e todas as indústrias ao mesmo tempo. A saída não vai ser instantânea”, resumiu o presidente da Volkswagen para a América Latina, o argentino Pablo Di Si, sobre os efeitos da pandemia do coronavírus.
Ele reuniu jornalistas nesta quinta-feira (23), para uma conversa pela internet, onde detalhou os planos de retomada da produção no Brasil a partir do mês que vem, “quando for legal” fazê-lo.
A previsão é reabrir a fábrica de motores de São Carlos (SP) no próximo dia 8, e, as demais, a partir de 18 de maio. Assim como todas as montadoras de carros e motos do país, a Volkswagen parou as linhas em meados de março.
Vice-líder em vendas, a marca já acertou com os trabalhadores a redução de jornada e salários em 30%, por 3 meses, lançando mão da Medida Provisória 936, que flexibilizou as regras trabalhistas temporariamente. Ela também está sendo usada por outros montadoras, como a General Motors, dona da Chevrolet, e a Fiat.
Nesse caso, o governo federal “compensa” parte do salário que o funcionário deixa de receber com um benefício emergencialque terá como base de cálculo o valor mensal do seguro-desemprego a que o empregado teria direito se fosse demitido.
Para Di Si, o setor automotivo vai precisar de R$ 40 bilhões para passar pelo auge da crise, que deve ser estender por junho e julho. Isso, segundo ele, é o equivalente ao que as montadoras investiriam em 3 ou 4 anos.
O argentino e outros executivos da indústria têm conversado com o governo federal e bancos privados para obter esse montante por meio de empréstimos.
“Não (buscamos) dinheiro público”, disse. “E não estamos pedindo para a gente. É para toda a cadeia, para concessionários e fornecedores, os elos mais fracos.”
Segundo o presidente da Volks, as conversas com o governo estão “caminhando bem”, mas ainda não há nada definido. “Se não sair nas próximas semanas, eles (fornecedores e lojistas) não têm como pagar os salários. Estamos falando em quase 1 milhão de empregos”, observou.
Além o ministro da Economia, Paulo Guedes, participam da negociação representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e um “sindicato de bancos” privados, liderado pelo Itaú.
Lideranças do setor automotivo têm criticado o sistema financeiro pela demora em ajudar o setor. O presidente da associação das fabricantes, a Anfavea, chegou a dizer em março que “os bancos estão sentados na liquidez” porque receberam recursos do Banco Central, mas não repassaram.
Di Si também falou sobre o “congelamento” dos investimentos no Brasil, as mudanças no modelo de negócios que deverão ser aceleradas pela crise, entre outros assuntos
Fonte
Auto Esporte
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